“Os meus ontens estão a desaparecer e os meus amanhãs são incertos, então o que tenho para viver? Vivo para cada dia. Vivo no momento. Mas, lá porque esquecerei o amanhã, isso não significa que não tenha vivido cada segundo dele hoje. Esquecerei o dia de hoje, mas isso não quer dizer que hoje não tenha tido importância.” Estas palavras são de Alice, uma professora em Harvard, que vive num mundo quase perfeito: um marido exemplar, três filhos maravilhosos, uma carreira de sucesso, mas a vida prega-lhe uma partida, a doença de Alzheimer. Prova absoluta, preto no branco, servida sem açúcar. A partir desse dia, a vida de Alice dependerá de comprimidos, post-its, e alarmes no telemóvel. A vida de Alice tornou-se numa chávena de pensamentos, quando estiver vazia dá sempre jeito um reabastecimento. O mais importante é nunca se esquecer do seu nome. E o seu nome é Alice.