O Cuidador

29 de Março, 2019 0 Por Planetadosavos
Todos nós, mais cedo ou mais tarde, precisamos de ser cuidados. Seja em pequenos pelos nossos pais ou pelos avós (quem tem a sorte de os ter por perto), seja de adultos pela esposa ou pelo marido, seja de idosos, pelos filhos ou por alguém que lhe seja próximo. 
É verdade, no nosso planeta, o cuidado é como uma espécie de palavra mágica para se viver bem e feliz. Hoje, são os filhos ou deveriam ser os filhos a cuidar dos seus pais, já idosos e que outrora cuidaram deles. Quem não se lembra de ir com os pais aquelas consultas demorossas no pediatra. Tem uma constipação. Nada de especial, vai tomar um Ben u Ron e fica bom num instante. Não se procure mãe. O seu filho é muito saudável. 
Contudo, quantos filhos acompanham hoje os pais idosos ao hospital ou a uma consulta? 
Este é um assunto, no âmbito do cuidado que nos leva a meditar e a considerar que aqueles idosos que ainda têm os filhos se podem sentir mais felizes e apoiados. Este é um assunto que nos leva a crer o ato de cuidar como uma verdadeira arte. É há quem cuide verdadeiramente. Um cuidador, muitas vezes, precisa de deixar o trabalho, os seus passatempos, a sua família para segundo plano, para proporcionar o melhor à pessoa idosa. Recordamos neste aspeto, a entrevista que o planeta dos avós já fez a um cuidador…e que aconselhamos a ler. 
Estamos cientes que existem dois tipos de cuidadores. Os formais e os informais. Ora, numa linguagem menos técnica e mais simples, o primeiro é aquele que tem competências técnicas e especializadas para o ato de cuidar; enquanto que o segundo é um cuidador “familiar, amigo ou conhecido” que cuida muitas vezes por possuir um laço afetivo. 
Sabemos que o cuidar exige tempo, disponibilidade, paciência, carinho e tantas outras capacidades. Exige saúde, dedicação, e acima de tudo, gosto pela arte de cuidar! Algo que não é fácil. Afinal todos nós temos características únicas e especificidades que nos tornam um mistério quanto ao facto de como cuidar. Ora porque são acamados, ou porque têm alzheimer, ora porque têm apenas medo de viver sozinho… Tudo aqui é cuidar, desde o trabalho mais complexo, até ao simples ato de dar um beijo antes de dormir. 
O cuidador, seja ele homem ou mulher, necessita de se consciencializar que a vida da outra pessoa, em parte, depende de si. O cuidar é nada mais, nada menos do que um dom. É também nós, no planeta dos avós, queremos cuidar de todos aqueles que assim o desejam através dos nossos serviços. 
Todavia, esperamos que o cuidar seja transversal a todos os indivíduos, a todas as idades, a todas as etnias, renunciando à discriminação, às ideologias políticas, crenças religiosas e a tudo aquilo que não nos faz feliz!