Magusto de Terra em Terra
“O magusto de antigamente, era vivido com muita tradição! Com mais tradição do que agora! Era motivo para festa, encontrar amigos e catrapiscar os olhos às moças e moços!
O magusto festejava-se em qualquer lado. Em casa de amigos, nas eiras ou nas tabernas mais próximas. Fazia-se a fogueira com pruma e lenha, para que esta aguenta-se mais tempo. Comiam-se as castanhas e provava-se o vinho.
No tempo da escola, cada um tinha que levar meia dúzia de castanhas para assar na fogueira. Na sala faziam-se os cartuxos para as castanhas e no intervalo corria-se e cantava-se à volta da fogueira.
Em Alvarães havia fogueira na Telheira, as pessoas juntavam-se para assar e comer as castanhas, indo a festa pela noite dentro. Havia música e concertinas, a cargo de alguns tocadores da terra, dançares e cantares e principalmente muita alegria.
Em Rio Tinto, haviam fogueiras com pruma para assar as castanhas em muitos cruzamentos onde passavam e, à medida que se ia correndo a freguesia, ia-se comendo as doses de castanhas em cada cruzamento. Quando se chegava ao fim, já se levava a barriga bem cheia de castanhas.
Em Vila de Punhe, pegavam em carrinhos de mão e caminhavam até ao monte Santinho, com bombos e concertinas e muita festa e lá faziam o magusto, comiam castanhas, provavam o vinho e por vezes ficava-se bem “tocadinho”.
Utentes Posto de Assistência Social de Alvarães

