Inspiração #16: Ruby Bridges

Ruby não é atriz, não é modelo, não é cantora. Ruby foi a primeira criança negra a frequentar uma escola primária de “ brancos”.

Decorria o ano de 1960 quando Ruby passou no teste que determinava se podia ou não estudar na Escola Elementar William Frantz. Com ela passaram mais cinco crianças, mas só Ruby ficou naquela escola. O seu pai estava muito inseguro na decisão, mas a sua mãe sentia que era um passo determinante para a filha e para todas as crianças afro-americanas.

Estudar foi um desafio muito duro para Ruby, que era apenas uma criança. Muitos pais tiraram os seus filhos da escola e os professores recusaram ensinar, somente uma professora aceitou ser a professora de Ruby, Barbara Henry. Barbara deu aulas a Ruby, durante um ano, sendo Ruby a sua única aluna. Para chegar e sair da escola Ruby era escoltada. A sua comida era supervisionada, porque era constantemente ameaçada de morte por envenenamento. A sua família era perseguida, o seu pai perdeu o emprego. Mas, se por um lado havia este tipo de comportamento, por outro havia quem os apoiasse. Tanto brancos como negros mostravam apoio de várias maneiras: famílias enviavam os seus filhos para estudar, o seu pai conseguiu um novo emprego, pessoas voluntariaram-se para vigiar a sua casa.

Em 2014, uma estátua de Ruby foi posicionada no pátio da escola.

Hoje, Ruby é casada e tem quatro filhos. Durante quinze anos trabalhou numa agência de viagens, mas deixou o emprego para ser mãe a tempo inteiro. Hoje é presidente da Fundação Ruby Bridges, que promove os valores da tolerância, do respeito e valorização de todas as diferenças.

Infelizmente, estamos em 2020, mas ainda há muitas Ruby Bridges neste mundo.