Idosos na Sociedade…

18 de Março, 2019 0 Por Planetadosavos

... Ásia

Yuri, 93 anos, é japonês. Desde os seus 60 anos que lhe foi permitido o uso de vestes vermelhas, foi a partir dessa idade que alcançou a liberdade de vestir a cor dos deuses. Para o neto, Hideki, de 12 anos, o avô Yuri é uma fonte de inspiração. Antes de tomar qualquer decisão, o neto conversa com o avô pois considera os seus conselhos sábios e experientes.

Na terceira segunda-feira de Setembro é feriado no Japão. É o Dia do Respeito ao Idoso e é comemorado de forma solene com toda a pompa e circunstância. Há momentos de oração pela longevidade dos mais velhos e os agradecem pelas contribuições feitas à sociedade ao longo das suas vidas.

Li, 76 anos, é chinesa. Desde pequena que sabe que não se deve perguntar a idade a uma jovem mulher, apenas às mais velhas. Agora, com 76 anos, responde a essa questão com todo o orgulho. Eu sou a Li e tenho 76 anos. Li é adepta de desporto e todas as manhãs vai para o parque da sua cidade fazer exercício físico com as suas amigas da mesma idade.

Na China e no Japão, a velhice é sinónimo de sabedoria e respeito. A família mais nova orgulha-se dos sacrifícios e do trabalho prestado pelos mais velhos em prol da família e da sociedade. É notório que são os mais velhos os responsáveis pelo aconselhamento dos seus grupos sociais, até mesmo nos destinos políticos.

Por outro lado, na Coreia do Sul, Dong tem 82 anos e é varredor de rua. Dong tem de trabalhar para sobreviver. A sua pensão de velhice foi-lhe negado pelo Governo, uma vez que o seu filho trabalha e segundo o Governo tem o dever de sustentar o pai. Mas o dinheiro é insuficiente. Dong tem a certeza que vai trabalhar até morrer para sobreviver. No seu país, ser idoso é não ter direitos.

Na Indonésia, Melati cuida da sua mãe que faleceu à doze anos. Sim, leu bem. A mãe morreu. Mas para Melati e na sua cultura, ainda se crê, que de alguma maneira, a mãe ainda esteja viva. Está apenas doente. Neste país, pode-se passar meses ou até mesmo anos até que se ocorra o funeral. Os mortos são presenças na vida dos vivos. Melati guarda o corpo da mãe, em casa, e cuida dela como se de uma doente se tratasse. Limpa-a, troca-lhe a roupa, nunca fica sozinha e as luzes ligam-se ao anoitecer para não ficar às escuras.