Saúde para todos sempre foi e será o foco número um da Organização Mundial de Saúde. Apesar de todos os progressos alcançados, é certo e sabido que milhões de pessoas (ainda) não alcançaram as condições mínimas e humanas para uma vida digna e com saúde. Para que tenhamos consciência, há famílias que perante as dificuldades financeiras tem de fazer opções: saúde, comida na mesa, casa para pagar, educação, roupas, entre outras coisas não muito difíceis de imaginar.
Em Portugal segue-se o princípio do sistema de proteção de saúde para todos os residentes. Agora, a questão é a seguinte: Portugal tem cobertura de saúde, mas será que a sua forma de funcionamento garante essa cobertura?!
Olhando para o nosso sistema de saúde, para os hospitais, centros de saúde e relacionados verificamos que os corredores estão cheios de idosos. Não é difícil de perceber que é a medicação e o seu custo que mais contribui para as dificuldades financeiras daqueles que tem rendimentos mínimos. A medicação é de facto o elemento mais penalizador nas despesas de saúde, sendo que o Serviço Nacional da Saúde, através das taxas moderadoras, asseguram uma melhor protecção financeira sem descuidar da saúde para todos.
Em retrospectiva, e perante o tema de OMS para a celebração do Dia Mundial de Saúde, podemos constatar que Portugal, em comparação com o que vemos e ouvimos nas notícias do resto do mundo, não está muito aquém das expectativas.
Se podemos fazer mais? Sim, podemos.
Se podemos melhorar? Sim, podemos.