Conversas de Café com… Quim Barreiros

O relógio marcava uma e meia da manhã quando Quim Barreiros recebeu o Planeta dos Avós no seu camarim na Queima das Fitas de Viana do Castelo. Quim estava-se a preparar para iniciar o seu concerto às duas da manhã. Mais coisa, menos coisa. Mas antes, esteve à conversa com o Planeta dos Avós e nós partilhamos tudo consigo.
Planeta dos Avós: Entrou no mundo da música aos nove anos, a tocar bateria no conjunto do seu pai. Quando começou a “apimentar” a sua carreira?
Quim Barreiros: Ora bem. Até aqui está tudo certo. Quanto à minha carreira quando fui para a tropa, foi aí que comecei a minha carreira a sério. Antes foi a aprendizagem: a primária, a secundária…
P.A.: Depois fez mestrado e doutoramento (risos).
Q.B.: Como tu sabes (risos). Depois é que comecei a atacar.
P.A. Quais são os países que lhe falta conquistar?
Q.B.: Profissionalmente onde há comunidade portuguesa em qualquer canto do mundo já lá estive.
P.A.: Considera-se um conquistador?
Q.B.: Não.
P.A.: Nem um bocadinho?
Q.B.: Considero-me um amor, não um conquistador (risos)
P.A.: Qual foi o maior momento da sua carreira? Aquele que nunca mais se vai esquecer.
Q.B.: Quando nasceu o meu filho, um instrumentista de categoria.
P.A.: Aos 71 anos, o Quim continua a ser presença assídua nas mais variadas Queimas das Fitas, inclusive em Viana do Castelo. É uma forma de se sentir mais jovem ou um reconhecimento musical por parte das gerações mais novas?
Q.B: Sinto-me bem, muito bem, a tocar para os jovens de várias gerações.
P.A.: Também é um reconhecimento da nossa geração.
Q.B.: Já ando a tocar há 32 anos para grupos universitários, desde 1987.
P.A.: O que lhe falta fazer?
Q.B.: Ter saúde e andar por aí fora.
P.A.: Como é o Quim enquanto avô?
Q.B.: (risos)
P.A.: Esta agora foi tramada.
Q.B.: (risos) Gostava de ter mais tempo para a família.
P.A.: Já pensou em reformar-se?
Q.B.: Não. Nunca. Não penso nisso.
P.A.: O seu pai completou, este ano, 100 anos de vida, um século, imagina-se a chegar a essa idade?
Q.B.: Eu quero ultrapassar o meu pai.
P.A.: 101 anos de Quim Barreiros.
Q.B.: 101 é uma boa idade para fazer uma Queima (risos).
P.A.: Quando morrer como quer ser lembrado?
Q.B.: A cantar.
P.A.: Já deixou um legado.
Q.B.: Sim, que continuem a cantar a minha música.
P.A.: Iremos continuar, sim. Obrigada Quim.
Q.B.: Já está?
P.A.: Sim.
Q.B.: Obrigado. Divirtam-se na festa.