A Viagem ao Planeta dos Avós – Parte 3

22 de Julho, 2019 0 Por Planetadosavos

Separados mas unidos por uma só coisa: o seu sangue. Um laço de sangue que não se extinguiu nem extingue passados todos os anos. Os seus pais, pobres não possuíam dinheiro para cuidar de duas crianças. Então, a mais velha, sua irmã Madalena ficou com os pais, enquanto o irmão Gabriel havia sido colocado à porta de uma casa de uma família modesta. Viveu a sua vida com outra família, mas que na verdade era a sua verdadeira família, principalmente o avô Samuel que lhe ensinou grandes responsabilidades. Nunca chegou a conhecer a sua mãe verdadeira, mas a mulher que o acolheu significou tudo para ele. A sua mãe adotiva era a sua grande amiga e confidente, mas infelizmente pouco tempo esteve com ele, pois sofria de uma grave doença. Gabriel encontrava na sua mãe o amor maior de todos.

Num mundo marcado por tanta confusão e indiferença pela vida dos outros, temos um rosto de mãe – quem ainda a tem neste mundo – no qual podemos ver um sorriso de alegria, ou então lágrimas causadas por desgosto ou sofrimento. Mesmo assim, por entre sorrisos e lágrimas vemos nesse rosto de mãe um olhar terno que nos inspira confiança, harmonia, carinho e amor no qual acreditamos.

Pela simplicidade dos seus gestos de ternura, pela preocupação em nos aconselhar para o bem e pela dádiva da sua própria vida para alimentar e dar vida a outra vida, é mais que justo, que, ao pronunciarmos o nome de mãe, o façamos com carinho e respeito devidos.

A mãe, no lar, assegura o bem-estar, educando e ensinando rumos, a serem vividos no presente e no futuro.

É luz que ilumina, ou como dizia Gabriel “Mãe, és a luz que me alumia”, indicando caminhos para os filhos na adolescência irrequieta, difícil por vezes de controlar e na maturidade, ajudando-os na concretização dos seus sonhos. Além destas e de outras virtudes, é-lhe acrescentado o dom de ser o primeiro “berço” do filho que gerou para dar continuidade à humanidade, motivo este que torna difícil discutir a igualdade entre pai e mãe. ..

A nossa gratidão à mãe da terra não deve gastar-se toda num só momento, mas deve prolongar-se, dia após dia, proporcionando-lhe dias felizes, fazendo-a esquecer que vivemos num mundo, que parece estar vazio do respeito pela vida. Por isso, precisamos ver na mãe uma fonte de vida. Assim fez Gabriel, filho adotivo que sempre respeitou a sua mãe e, sabia que um dia, iria encontrar alguma coisa não que o fizesse substituir toda a saudade que sentia da sua mãe, mas algo que lhe desse o carinho de que tanto sentia…

Esse carinho, encontrou-o no chamado “Planeta dos Avós”… juntamente com o seu amigo de infância e com a sua irmã…

Na verdade, a sua irmã já o tinha encontrado mais cedo, pois tinha escutado um aviso na rádio local… e o seu amigo de infância também já o tinha encontrado pois é um fervoroso adepto das redes sociais…

– Mas afinal, onde é que vocês encontraram o Planeta dos Avós? – Diz Gabriel, muito pensativo…

– Tenho tentado encontra-lo mas ainda não consegui… será que me podem contar afinal o que é o Planeta dos Avós?? – pergunta Gabriel…

– Sim, nós vamos te contar tudo…mas vais ter que ter paciência porque nós temos Alzheimer e já não nos lembrámos de muita coisa… bem, sabemos que no dia 26 há qualquer coisa, mas já não sabemos bem o que é!!!! – diz o amigo de Gabriel.

– Está bem, eu fico à espera que me contem…mas despachem-se porque esse dia está a chegar e eu não quero perder nada…

Continua…